domingo, 27 de fevereiro de 2011

Ovelhinha Mé Mé Mé deixou a cerca….

O maioral tosquiou, aparou as unhas.
Reduziu a ração à tabela dietética mínima.
Soprou-lhe os miolos e mimou-a de alfinetes.

… ovelhinha Mé Mé Mé sempre a pestanejar. Ámen…

O orgulho do maioral, o sucesso na arte de bem reproduzir ovelhas, esta Mé Mé Mé.
Quasi, quasi…

"Agora, minha ovelhinha, como maioral do meu rebanho, o retoque, o apuro:
- As ovelhas não falam!
- Vou tirar-te o Mé Mé Mé!“


Ovelhinha Mé Mé Mé, olhou para dentro da cerca, olhou para fora da cerca.
Saiu.
Desta vez não berrou. Nem voltou atrás.


(imagem da net)

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Colossais Noites

O que escrevo não é ipsis verbis o que sou.
... é também o soltar do meu Eu fiteiro.

E então quando é o recordar de um sonho em sono agitado por noite de tosse e mais tosse e volta a tossir…

“Bom Dia!... Bom Dia!.. Bom Dia! (mais de vinte bons dias por aquele corredor fora…)
- Entro na minha sala de trabalho e….
… na minha secretária de 1.80x0.80m, recorte de canto e acrescento de 1.20x0.95m, está a minha vizinha do 4ºDto!!!!
- Com aquela juba enorme que ela tem e num vaivém indolente na minha cadeira..
… de perna esticada, sandália lindaaaaaaaaaaaaaa e os deditos do pé a dar a dar, salpicados de um vermelho de esbugalhar.

Chiça que estou a ficar pequenina!!!!! (e juro, nem ela é matulona nem eu franganota)

- Com o indicador direito bem firme, a fulana, aponta-me uma secretariazinha minúscula no fundo dos fundos…”


A tosse nocturna acorda-me.


E o domingo, que é sempre do meu descontentamento, está também carregadinho de pulgas.
Coço-me até 2ªfeira, enquanto não abrir a porta da minha sala de trabalho.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Do S. Valentim…

(das comemorações)
Uns gostam, porque têm a “barriguinha cheia”.
Uns detestam, porque têm a “barriguinha vazia”.

Em mim, o dito santo, não me corre nas veias.

Santinho por santinho, prefiro o Sto António. Esse sim, moldado no meu barro.


Assim como assim:

O amor é um pássaro verde num campo azul no alto da madrugada.

… creio-o (ou quero-o) forçosamente simples, inocente, despudorado.



Para todos os Amores num AMOR só,

este lenço dos namorados...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Um Dó Li Tá ....

Tudo começa no 1.
O ano começa no mês 1, Janeiro… e eu, “desengonço-me” em Janeiro.
Não gosto de Janeiro.
(Talvez o 1º lugar me assuste…)

Gosto do 2… do mês 2, Fevereiro.
Um e mais outro dia do calendário deste mês, fui feliz.
(Talvez o 2º lugar me seja confortável…)

Fevereiro, é um bom mês para (re)começar.




Andava ela no sobe e desce de catar pontas soltas, quando se lembrou daquela rotina de sexta-feira à noite...

20h - Ele telefona - Então, vamos a cinema?
Ela – Há alternativa?
Ele – Às 21.15h encontramo-nos lá.
Desliga

21.15h - À porta do cinema.
Ele - Um transito, do caraças!!! Como foi o teu dia?
Ela - Passou-se. E o teu?
Ele - Estou cansado. Muito trabalho.
Ela - ?
Ele - Pois, desde as 10.30h a assistir a um ciclo de conferências na Gulbenkian, saí a correr às 18h para assistir ao concerto da Metropolitana. Só jantei croquetes!

21.30h - Começa a sessão.

23.45h - Fim da sessão.
Ela – Que achaste do filme?
Ele – Adormeci.
Ela – Eu reparei.
Ele – Conta-me como foi aquela cena do ….
Ela – Ora, isso é contar o filme todo.
Ele – Tens cá um feitio!!!!

E repete… repete-se… repete-se …

Viva o “cinema” da cinemateca, sexta-feira à noite!




Pelo que recebi no meu post anterior, porque me fizeram bem… agradeço-vos com um beijinho e um abraço (e cupcakes para quem for de cupcakes): Maria Teresa, São, Observador, JPD, Justine, Aflores, Lilá(s), Jorge P.G., Isa, Carapau, Retrato, Há, Nilson, Carlos Barbosa de Oliveira, Idun, Augusto, Duarte.