domingo, 10 de abril de 2011

Soltar os bichinhos….

Ai que prazer soltar o mafarrico que me habita.
Que gosto também em libertar o danado do escorpiãozinho.
Porque tirando estes breves segundos, sou uma anjinha... podeis crer!

Há uma FeDora na minha vida de 2ª a 6ª feira.
A FeDora anda em preparativos para uma semana de férias no Brasil.
Assim há oito dias, oito crazy, lazy days... na espera da “hora do despacho”, o assunto da conversa de FeDora são diamantes lapidados, rubis, perolazinhas:

- Comprei três pares de cuecas para levar para as férias.
(FeDora tu não achas que contar esses pormenores, pode levar a que se não imagine só os possíveis pormaiores?)

- Faz frio ou calor no Rio?
(Silêncio)
- Dizem que por lá o tempo está fresco tenho de levar roupa que agasalhe.
... até comprei um bustier lindo, os olhos da cara, 125 euros... como dá para trazer para aqui, depois vêem!
(Poupem-me)

- Eu e o meu marido viajamos muito, sempre os dois... e claro, vão os nossos amigos.
(FeDora sem os amigos a vida era tão vazia, tão chata, monótona, sensaborona, não era?)

- Eu gosto de estar em casa, gosto da minha casa. Eu sou uma mulher caseira.
Se tivesse tempo até cozinhava.
Mas agóra péssual vou sambá!
(Esta é uma preciosidade, um rubi com incrustações de diamantes)

- Ai, estou quasi, quasi de férias.
Vocês, nasceram para isto? Eu não! Eu gosto é que não de cansem a cabeça!
(FeDora… bilú, bilú, bilú!)



Agora, mafarrico para a casota!


Volta anjinha... volta...


Já tenho a auréola sobre a cabeça.

domingo, 3 de abril de 2011

Ó Filha!

Quando sou brindada com esta expressão “Ó Filha!”, além de uma reacção visceral, o conceito acerca da pessoa que a profere vai para uma espécie de buraco negro – sou primária, reajo tipo cãozinho de Pavlov.

Nem na voz melodiosa e trémula dos idosos o “Ó Filha…” me soa terno.

Nem numa conversa de amigas ou entre mulheres, um “Ó Filha!” me deixa sem prurido.

E se acaso o brinde do “Ó Filha!” é proferido por indivíduo do sexo masculino?
Pronto! Estou perante o meu calcanhar de Aquiles!
(provavelmente, sobre isto será Freud que explica…)
Está o caldo entornado!!!!
O homem morto.

“Ó Filha”… (era) só para o meu Pai.

P.S. - Obviamente que há o “Ó Filha…” dito, redito, nredidito pela senhora minha mãe que de tão dito, com as entoações mais diversas… é bênção.


(imagem da net)