... Escorreguei, torci um pé... Ai que tanto me doeu!
Silvinha Ruça jamais viajou além de Portugal ou de Espanha. Quando as conversas são sobre a estadia num determinado país, ou se desfolha na mesa do café, uma revista de uma agência de viagens… Silvinha ouve.
Se muito atentas, podemos saber o que Silvinha não conhece, jamais o que Silvinha conhece.
Silvinha Ruça é a minha vizinha do 4º Frt. Conheço-a do sobe e desce do elevador, desde que fomos estrear a “nossa primeira casinha”.
Tivemos os nossos momentos áureos nas cumplicidades de jovens recém-casadas.
Silvinha Ruça planeava tudo… e depois, concretizava tudo…
Ano I – Casamento.
Ano II – Ser Mãe.
Ano III – Habitação própria.
Ano IV – Habitação secundária.
Ano V – Reconstrução de antiga habitação de família.
(a haver reencarnação, Silvinha na vida imediatamente anterior teria andado entre o construtor civil e o agente imobiliário)
Ano VI – Viajar
…com planos perfeitos, ao pormenor, os do Ano VI.
Ano VI em que a vida fez um manguito à Silvinha Ruça!
A seguir ao Ano VI - Viajar, Silvinha compra uma gaiola.
Lustra a gaiola, recolhe-se eremita na gaiola.
Silvinha Ruça fechada na gaiola a sonhar as viagens que não fez.
Ontem de manhã, quando descia no elevador do prédio, olhei o espelho… colado com fita cola um papelzinho que dizia assim:
Peço sugestões para uma estadia de três dias em Paris
Obrigado
Silvinha Ruça
PS – Já toquei por três vezes à campainha do 4º Frt. Ninguém responde. Deixei um papelzinho por debaixo da porta que dizia assim...
domingo, 21 de março de 2010
domingo, 14 de março de 2010
Meu domingo amargo e doce….
Na minha agenda de capa dura, elástico forte e de cor rosa desbotada, organizo a próxima semana.
A dúvida de dois dias de férias e ir até ao norte...
... a ir, vou de comboio.
Gente, estações, pisam, empurram, conversa troca e joga sem mais, corre, engana na linha, esperar a ligação em Campanhã a bufar, a bufar….
Chegar.
Abrir a porta da varanda, abraçar, respirar o ar do Monte… a Abadia.
Ou os dois dias de férias aqui...
.... a olhar o atrás, o ao lado, o adentro e depois redesenhar os traços do olhar para o à frente.
E caminham os ponteiros do relógio……
Há dois meses viciei-me em chá de limão.
Aprendi-o com a constipação e gostei-o tanto, tanto....
Meia volta, volta e meia. Volta na volta. Sentada. Em pé... à janela. Encostada na bancada da cozinha… eu, e a caneca com o dito.
… e depois deste chá, vou fazer um bolo. Bem doce, extremamente doce…
Assim:
Bolo Espécie
Ingredientes para o bolo:
1 frasco de doce de chila
6 ovos inteiros
250 grs de açúcar
250 grs de amêndoa moída
1 colher de sopa bem cheia de farinha
Pré aquecer o forno a 180º. Untar uma forma sem buraco e forrar com papel vegetal.
Misturam-se todos os ingredientes e batem-se muito bem.
Deita-se o preparado na forma e vai ao forno mais ou menos 40 minutos (testar com um palito)
Deixar arrefecer e desenformar.
Ingredientes para cobertura do bolo:
(Ovos Moles)
3 gemas
9 colheres de açúcar
3 colheres de água
Coloca-se ao lume um tacho com o açúcar e a água. Deixa-se ferver um pouco.
Retira-se lume e espera-se que arrefeça.
Entretanto, batem-se as gemas.
Juntam-se à mistura, logo que esta esteja fria.
Vai novamente ao lume até engrossar.
Verter sobre o bolo
Com umas pérolas grandes prateadas, daquelas de confeitaria...... Enfeitei-o...
E tenho Piazolla a acompanhar-me.
A dúvida de dois dias de férias e ir até ao norte...
... a ir, vou de comboio.
Gente, estações, pisam, empurram, conversa troca e joga sem mais, corre, engana na linha, esperar a ligação em Campanhã a bufar, a bufar….
Chegar.
Abrir a porta da varanda, abraçar, respirar o ar do Monte… a Abadia.
Ou os dois dias de férias aqui...
.... a olhar o atrás, o ao lado, o adentro e depois redesenhar os traços do olhar para o à frente.
E caminham os ponteiros do relógio……
Há dois meses viciei-me em chá de limão.
Aprendi-o com a constipação e gostei-o tanto, tanto....
Meia volta, volta e meia. Volta na volta. Sentada. Em pé... à janela. Encostada na bancada da cozinha… eu, e a caneca com o dito.
… e depois deste chá, vou fazer um bolo. Bem doce, extremamente doce…
Assim:
Bolo Espécie
Ingredientes para o bolo:
1 frasco de doce de chila
6 ovos inteiros
250 grs de açúcar
250 grs de amêndoa moída
1 colher de sopa bem cheia de farinha
Pré aquecer o forno a 180º. Untar uma forma sem buraco e forrar com papel vegetal.
Misturam-se todos os ingredientes e batem-se muito bem.
Deita-se o preparado na forma e vai ao forno mais ou menos 40 minutos (testar com um palito)
Deixar arrefecer e desenformar.
Ingredientes para cobertura do bolo:
(Ovos Moles)
3 gemas
9 colheres de açúcar
3 colheres de água
Coloca-se ao lume um tacho com o açúcar e a água. Deixa-se ferver um pouco.
Retira-se lume e espera-se que arrefeça.
Entretanto, batem-se as gemas.
Juntam-se à mistura, logo que esta esteja fria.
Vai novamente ao lume até engrossar.
Verter sobre o bolo
Com umas pérolas grandes prateadas, daquelas de confeitaria...... Enfeitei-o...
E tenho Piazolla a acompanhar-me.
domingo, 7 de março de 2010
Na terra do nunca.... há meninos sem estrelas
Harmoniza-me o preto e o branco.
Alegram-me as cores.
Abranjo a quietude do simples, fico dispersa na euforia da cor.
Gosto de dar colo. É um tempo em que me sinto no colo.
A carícia inocente do colo.
Cheia e sôfrega!
Gosto do grande, gosto até do muito grande.
De peças grandes numa sala; o “um só” que complementam.
Mas, contraditoriamente, sinto os meus passos pequenos… pequeninos.
Há espaços que não sei como olhar, como percorrer.
Não lhe sei o Norte.
Não sei…..
Vou dar um piparote na estrela que não sei acender.
Sempre que desaparece uma estrela forma-se um buraco negro….
Suponho, fica mais espaço no céu.
Alegram-me as cores.
Abranjo a quietude do simples, fico dispersa na euforia da cor.
Gosto de dar colo. É um tempo em que me sinto no colo.
A carícia inocente do colo.
Cheia e sôfrega!
Gosto do grande, gosto até do muito grande.
De peças grandes numa sala; o “um só” que complementam.
Mas, contraditoriamente, sinto os meus passos pequenos… pequeninos.
Há espaços que não sei como olhar, como percorrer.
Não lhe sei o Norte.
Não sei…..
Vou dar um piparote na estrela que não sei acender.
Sempre que desaparece uma estrela forma-se um buraco negro….
Suponho, fica mais espaço no céu.
(imagem da net)
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