Foi a prima passar uma semana às origens para tratar de uns assuntos pendentes e apaziguar as saudades... e até afogou as ditas, a semana inteira foi de chuva e vento.
E de regresso, já o ouvido a zumbir.
Início de semana:
- surda do ouvido direito – e a otite com requintes;
- molinha - sensação de que não andei dentro do comboio mas sim debaixo do comboio;
- quentinha - a 1ª febre dos últimos 20 anos;
Resultados:
- experiência do que é o serviço de urgência num posto médico do SNS.
- uns quantos dias de levanta, não levanta não! deita! continua deitada... deitada!!!!... e continua...
E a conclusão:
Estive surda do ouvido direito mais ou menos dez dias, já oiço melhor mas vivi a experiência de que a surdez mesmo que parcial é angustiante, traumatiza, retrai e naturalmente é muito limitativa.
... E vinha eu toda entusiasmada em pegar no blogue da prima e trocar aqui convosco umas visitas e umas conversas animadas, fervorosas e criativas.
Prontos, mea culpa.
O começo está a patinar.
Atendendo às interrupções da comunicação e ao pouco paleio, diria estar uma meia surda a produzir um blogue meio gago.
Beijo e Abraço
e como se fosse um miminho para vós, este poema “improvável” do António Lobo Antunes,
A Gripe e os Homens
Pachos na testa, terço na mão,
Uma botija, chá de limão,
Zaragatoas, vinho com mel,
Três aspirinas, creme na pele
Grito de medo, chamo a mulher.
Ai Lurdes que vou morrer.
Mede-me a febre, olha-me a goela,
Cala os miúdos, fecha a janela,
Não quero canja, nem a salada,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.
Se tu sonhasses como me sinto,
Já vejo a morte nunca te minto,
Já vejo o inferno, chamas, diabos,
Anjos estranhos, cornos e rabos,
Vejo demónios nas suas danças
Tigres sem listras, bodes sem tranças
Choros de coruja, risos de grilo
Ai Lurdes, Lurdes fica comigo
Não é o pingo de uma torneira,
Põe-me a Santinha à cabeceira,
Compõe-me a colcha,
Fala ao prior,
Pousa o Jesus no cobertor.
Chama o Doutor, passa a chamada,
Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.
Faz-me tisana e pão de ló,
Não te levantes que fico só,
Aqui sózinho a apodrecer,
Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer.
PS - Desculpem a minha não retribuição das vossas visitas.
E de regresso, já o ouvido a zumbir.
Início de semana:
- surda do ouvido direito – e a otite com requintes;
- molinha - sensação de que não andei dentro do comboio mas sim debaixo do comboio;
- quentinha - a 1ª febre dos últimos 20 anos;
Resultados:
- experiência do que é o serviço de urgência num posto médico do SNS.
- uns quantos dias de levanta, não levanta não! deita! continua deitada... deitada!!!!... e continua...
E a conclusão:
Estive surda do ouvido direito mais ou menos dez dias, já oiço melhor mas vivi a experiência de que a surdez mesmo que parcial é angustiante, traumatiza, retrai e naturalmente é muito limitativa.
... E vinha eu toda entusiasmada em pegar no blogue da prima e trocar aqui convosco umas visitas e umas conversas animadas, fervorosas e criativas.
Prontos, mea culpa.
O começo está a patinar.
Atendendo às interrupções da comunicação e ao pouco paleio, diria estar uma meia surda a produzir um blogue meio gago.
Beijo e Abraço
e como se fosse um miminho para vós, este poema “improvável” do António Lobo Antunes,
A Gripe e os Homens
Pachos na testa, terço na mão,
Uma botija, chá de limão,
Zaragatoas, vinho com mel,
Três aspirinas, creme na pele
Grito de medo, chamo a mulher.
Ai Lurdes que vou morrer.
Mede-me a febre, olha-me a goela,
Cala os miúdos, fecha a janela,
Não quero canja, nem a salada,
Ai Lurdes, Lurdes, não vales nada.
Se tu sonhasses como me sinto,
Já vejo a morte nunca te minto,
Já vejo o inferno, chamas, diabos,
Anjos estranhos, cornos e rabos,
Vejo demónios nas suas danças
Tigres sem listras, bodes sem tranças
Choros de coruja, risos de grilo
Ai Lurdes, Lurdes fica comigo
Não é o pingo de uma torneira,
Põe-me a Santinha à cabeceira,
Compõe-me a colcha,
Fala ao prior,
Pousa o Jesus no cobertor.
Chama o Doutor, passa a chamada,
Ai Lurdes, Lurdes nem dás por nada.
Faz-me tisana e pão de ló,
Não te levantes que fico só,
Aqui sózinho a apodrecer,
Ai Lurdes, Lurdes que vou morrer.
PS - Desculpem a minha não retribuição das vossas visitas.
Ora viva!
ResponderEliminarDe surdez - e não parcial - seu eu demais e a aflição que é!
Espero que tudo passe muito depressa.
Um grande abraço, com desejo de boa semana
O poema do Lobo Antunes é um primor de ironia e lucidez! Quanto a si, prima(cujo desabafo está igualmente bem "regado" de ironia...) agora que já passou a aflição,vá lá aproveitar estes dias liiiiindos de chuva, vento e aprovação do orçamento para 2012!!!!
ResponderEliminarNão sabia que este blog era gerido pela prima...
ResponderEliminarAs gripes são tramadas... também já não tenho nenhuma há uns 20 anos...
Beijos.
Não desculpo.
ResponderEliminar:(
Votos de melhoras e beijos à prima.
:)
Este ano ainda não houve maleita que se atrevesse a meter-se cá com o menino!!
ResponderEliminarRápidas melhoras e muito beijinhos.
a prima parece-me de facto um pouco "lamechas" ...
ResponderEliminarpequeno-burguesa suburbana a deleitar-se no olhar derramado do Poeta...
deixe, deixe-se disso, menina!...
vinho quente, menina, vinho quente. com muito mel e verá que fica rija...
beijos
A prima esteja descansada que não vai morrer desta.
ResponderEliminarUma otitezita desaparece com uns antibióticos em três tempos.
E arribe depressa para vir aqui botar faladura prás gentes.
As melhoras.
Bjo.
Espero que tivesses resolvido esse endividamento, ou melhor, problema de audição ;):)
ResponderEliminarTudo de bom!
:);)
prazer em conhecê-la...
ResponderEliminarEste mês de Dezembro parece estar a ser algo difícil para muitos blogs :o) com ou sem Prima.
ResponderEliminarVamos lá dar a volta ao texto ;)
Tudo de bom.
BOM ANO.
ResponderEliminarbeijo
Passo para desejar um Bom Ano e, pelo que vejo, espero que estejas melhor.
ResponderEliminarAinda não cheguei a uma conclusão sobre o que será pior... dores de ouvidos ou de dentes... já as experimentei várias vezes e quando tenho uma preferia a outra e...vice versa ;)
Bjos
maggy mae, votos de um bom 2012. também nós temos andado fugidas...
ResponderEliminarmarradinhas e um abraço
Bem... depois da leitura do poema do Lobo Antunes e depois da visão da viagem atribulada das beiras... só me resta desejar um óptimo e rápido restabelecimento.
ResponderEliminarBeijocas à prima da prima e á prima!
olha, a Humana hoje também está com gripe, só que não é queixinhas!
ResponderEliminarmarradinhas magie may. quando é que regressas à blogo-esfera?
quase três meses passados e nem mais um croquete, uma trivialidadezinha.....
ResponderEliminarDesististe ou tens outro blog?
ResponderEliminarBeijo, querida amiga.
Estou sempre a esperar-te!Magymay
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