… quando as fronteiras do reino estão definidas, algumas conquistas seguras e supostamente chega o usufruir de subir à torre de menagem e olhar embevecida o príncipe herdeiro no seu reino além.
… quando a espada é colocada no colo.
… quando a capa do tempo, dá o tempo para a rainha desenhar-se no espelho.
Eis que os ciclos do reino se quebram!
Os relógios anunciam-se a girar ao contrário…..
Revolver-se.
Recomeçar.
Sabe a rainha cozer meias, fazer açorda, lavar chão, cantarolar no corredor do supermercado e ao subir a Avenida da Liberdade….
mas agora, que já não na flor da idade, desejava a banalidade de uma mordomia.
Algum dia lhe vai tocar uma nuvem azul celeste ou uma bola multicor?

A imagem é forte, mas era o que pretendias, certo?
ResponderEliminarForte, muito forte!
ResponderEliminarUma semana boa para ti, zogia minha.
Ainda há por aí umas rainhas cheias de sorte, mas outras, cada vez menos, terão direito à banalidade de uma pequeníssima mordomia ;)
ResponderEliminarBeijinhos
As grandes mordomias tendem a desaparecer e as pequenas são banais... todos entrámos na voragem dos tempos, até as rainhas!
ResponderEliminarAbracinho
Qurida MagyMay
ResponderEliminarNem no tempo dos reis as dinastias eram eternas...
Estes não são reia... mas vão nus
Atiremos-lhes um balde com água...
Para o meu modesto pensar serás sempre rainha da tua vontade.
Beijinhos.
Gostei muito deste texto por colocar um problema real e que pode subitamente surpreender o nosso quotidiano, deixando sequelas irreversíveis e de extrema dificuldade em debelar.
ResponderEliminarA ideia de catástrofe estará:
- Na forma surpreendente como surge;
- Na intensidade dos danos que provoca:
. Dupla perda (Marido e infante)
. Redução das condições materiais;
. Violento ataque à auto-estima (Perda da volúpia do espelho garantia)
- Na inibição de reacção que desencadeará:
. Uma tristeza inultrapassável (Na aparência)
. Uma fraqueza que tolhe tão vilmente a tenacidade (ideia de obstáculos incessantemente erguidos e intransponíveis)
. A atrocidade da ideia de felicidade irepetível »Como estava azul o céu» e como não voltará a ser mostrada alguém para desejar...
É claro que haverá esse alguém.
não há como porfiar - ainda lhe sai o "euromilhões" ... rss
ResponderEliminar(ou acabe por "descer" a Avenida)
saudáveis as tuas metáforas. ainda que amargas. (por vezes).
beijo
Olá Há,
ResponderEliminarSim, na forma de ranger dentes.
Sem abdicar do nariz empinado há um tempo em que os ombros pesam.
São,
ResponderEliminarDesde que o teu "Forte, muito forte" não signifique queixinhas, muito queixinhas...rsrs
Um grande abraço, minha zogia
Isa,
ResponderEliminarE nesta cultura judaico-cristã, apologista do castigo, as pequenas mordomias até que serão desejos pecaminosos.... vá-se lá a ver! (rsrs)
Maria Teresa,
ResponderEliminarMas apesar da voragem dos tempos, eu de rainha não abdico.... o trono balança, estrebucha, posso estar muito triste, tendo derrotas, admitir fraquezas.... mas cá dentro há um facho que não apaga.
(ai que se apaga...apaguei!)
Beijinhos para si
MagMay!
ResponderEliminarDescobri-a no Bog do meu marido :))))
No Só Imagens!
O que denota que tem bom gosto e muita sensibilade... para apreciar a natureza bucólica e idílica que se sabe ou aprende a sentir e a viver.
Vim "cuscar" e adorei.
Já estou a seguir.
Adoro poesia embora seja raro eu própria me atrever a fazê-lo, eu sou mais prosa.
O seu poema tem um encanto especial. É um misto de encanto e desencanto.
Adorei.
Volto.
Ná
Na casa do Rau
Assim é a vida.
ResponderEliminarContradições e novas realidades.
Temas que nos fazem pensar...muito.
Abraço do
JF
Magy
ResponderEliminar.. quando o coche é uma abóbora no mínimo já fostes rainha, experimentastes a carruagem , tem chance .
é só uma questão de escolhas : que queres bolas coloridas ou nuvens de algodão?
recomendo bocados de paciencia e sonhos, sonhos rejuvenescem .
a boneca uma lindeza, olhos azuis , cabelos loiros e esse sujinho foi a rainha brincando de papinha rsrs em pouco tempo ressurgem das cinzas, belíssimas !
adoro esse lirismo que voce me oferece, em troca mando beijinhos pra portuguesa que quer me ver perfumadinha rsrs
ando a cata de um pedacinho do Brasil pra te mandar, logo encontro!
bjs
Querido Vicktor,
ResponderEliminarRainha também tem dias de comum mortal...rsrs
Porque não ir à janela e gritar "Irra, povo!!! Que se dane a coroa!!!"...????
Beijinhos
Olá JPD,
ResponderEliminarA questão da felicidade ou do bem estar não está em "alguém" ou é "encontrada no outro", eu entendo como sendo exclusivamente (e dificilmente..) do próprio e só do próprio.
Portanto, a nossa(?) Rainha não anuncia qualidades e/ou busca alguém na nuvem azul celeste ou na bola multicor, mas sim como que depõe armas e desabafa (assim tipo "Porra!") o desejo da calmaria nos escolhos e de umas tréguas assim tipo "resorts"... rs... merece...
E em jeito de fita e laço deixo-te o meu agradecimento pelo comentário (em narrativa não bonsai) que fazes no estilo que sabes aprecio.
Abraço e abraço e abraço
Adoro a tua capacidade narrativa e o modo como me fazes partícipe, saboreando-a.
ResponderEliminarImaginei-me numa descrição do Julio Dinis, tão real mesmo que hesitei entre outrora e presente. Mesmo bom.
Abraço, desde o agradecimento
QUem sabe? O Mundo também dá voltas ao contrário!E o sonho, que nos atira as bolas coloridas, não pode morrer...
ResponderEliminarAbracinho apeeerrrrtado:))
O castigo raramente é proporcional ao crime, tal como a recompensa também não o é em relação à boa acção. No aspecto material da questão.
ResponderEliminarAinda assim, há umas almas penadas que procuram nuvens azuis celestes ou bolas multicores fora do céu da sua cabeça.
Socorro-me de um bocadinho de Saramago: "... são os sonhos que seguram o mundo na sua órbita. Mas são também os sonhos que lhe fazem uma coroa de luas, por isso o céu é o resplendor que há dentro da cabeça dos homens, se não é a cabeça dos homens o próprio e único céu."
Minha amiga, um bom resto de semana.
Beijos.
Gostei da forma poetica, com belas metáforas, como aborda a questão feminina, reportada a uma idade em que se vê só, com os filhos independentes, mas ainda plenas de vontade de viver a vida.
ResponderEliminarUm bonito texto!
Heretico,
ResponderEliminarPara que quer uma rainha o euromilhões? me dizes tu...
Desconcerta-me quando me inunda o raio deste travo a lima-limão.................
Beijo e bom fim de semana
Olá Ná,
ResponderEliminarBenvinda!
Nem sei escrever poesia, uma tentativa que fiz aqui, depois de publicada, quando a reli já no blogue ...ri-me perdidamente (e o tema era até tristinho), como vê...
Escrevo apenas ao fluir do momento (treino a escrita, preciso-o porque tenho um dia a dia de números)
Muito grata pelo seu elogio.
Também a fui "cuscar" gostei e estou a "seguir".
Bom esta comunidade do ciberespaço; entre nós pelo menos em comum há o Norte, sabia?
Beijinho e bom fim de semana
Olá J.Ferreira
ResponderEliminarE assim é...
Abraço
Lis,
ResponderEliminar... hoje é dia de nós as rainhas nos sentarmos nos nossos belos tronos e mirarmos os nossos súbditos (rsrs)...
Como se vão comportar eles, atrás da bolinha multicor?
Beijo verde e amarelo com uma bandeirinha verde rubra a acenar
Duarte,
ResponderEliminarTu mimas-me.
.... isto de reis, rainhas, coches, misturados com corredores de supermercados e cantorias só se digere com a boa vontade da (tua) imaginação, sem dúvida. Obrigado!
Um abraço
Magy May
ResponderEliminarA vida dá cada volta! Mesmo uma rainha já avançadita na idade pode ter uma surpresa e voltar a acreditar na beleza, no coche e em tudo.
Hoje estou positiva!
Bjs e bom fim de semana.
A rainha sabe fazer muitas coisas, logo saberá inventar outras tantas. E se o coche se porta mal, decerto a rainha lhe dará outro proveito. Mesmo que seja em puré de abóbora.
ResponderEliminarPerspectivando.
Ando perdida nos horários e no tempo...só agora me apercebi que havia post novo e falando de rainhas e coches!!!e logo imaginei uma "rainha" num lindo coche dizendo para o cocheiro: Ambrósio quero croquetes...rsrsrsr
ResponderEliminarBjs
Justine,
ResponderEliminarE este teu comentário me pôs assim para aqui a pensar...a pensar...
... serei eu de voltas ao contrário?
Ahhh... e ando sempre a tocar bolas coloridas, gosto que elas saltem, saltem...a minha há-de vir, penso que em voo... (ou está a um palmo do meu nariz? ..)
Abraço, mais apertadinhooooooooooooooo que o teu (ora toma!!)
Nilson,
ResponderEliminarPOr vezes, encontra-se no menos óbvio ou no menos provável o que se procura...
Por vezes, as almas ficam penadas porque ilusoriamente fortes ou falsamente modestas- fracas...
Por vezes, errar faz parte da tentativa para o acertar...
Por vezes, o meu "sonho comanda a vida.. "
Digo eu... que te parece?
Beijo e uma boa semana
com senso,
ResponderEliminarGrata pelo comentário e pela visita que gostava fosse acontecendo.
O post saíu "virado assim", se pensado possívelmente poderia não sair..
Teresa,
ResponderEliminarE eu hoje estou para uma certa paródia, olha só...
... uma rainha muito enferrugadita, um mapa de rugas de botox desgastado, uma cabeleira emproada para segurar uma coroa que se sustém à conta de umas quantas extensões e a "ver-se"
.... fresca e jovem de longos cabelos loiros ao vento desfilando sorrisos num coche dourado (aboborado...rs)...
Isto sim, é acreditar em tudo!!!
Um enorme beijinho e um boa semana
Gasolina,
ResponderEliminarO coche se vai para puré deixa de fazer o figuraço que faz.
Consta que a rainha anda a inventar um processo de por volta da meia-noite (não sei se antes, se depois, se mesmo na mouche) transformá-lo em complemento circunstancial.
Lilá(s)
ResponderEliminarE o Ambrósio, afinfa-lhe com uma travessa de caracóis e umas cervejolas.
... que rainha que pede croquetes nesta altura, é uma tantan!!! rsrs
Bjoka..Bjoka...